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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre o querer e o gostar

Ora, aqui estão duas palavras que nunca tinha pensado que me levassem a questionar o seu sentido ou significado.

Ontem, estava a ouvir uma coisa qualquer na televisão; ao que alguém disse: “tenho de ir, pois não gosto de chegar atrasado…”, mas o rapaz nunca que se ia embora, e eu pensei; “não gosta, mas continuando aí, vai chegar atrasado! Se não quisesse chegar atrasado, já tinha se posto a andar!”.

É que não gostar é uma coisa; o não querer é outra! Eu também não gosto de chegar atrasado, mas às vezes…

Agora, quando não quero… Chego na hora agendada!

Deitando-me um pouco; meu pensamento foi andando, andando… E conclui mais ou menos isto que vou tentar transmitir:

O gostar é superficial. Sim, superficial. E tão superficial o é, que deixamo-lo andar conforme o vento, ou a corrente.

É um querer que se sujeita a fatores externos. É um querer que não nos obriga a grandes esforços; não nos faz lutar. É quase indiferente…

É um querer sem ação; fica por ali.

O querer é diferente porque depende da nossa ação. Se quisermos alguma coisa, acabamos por lutar por ela.

O simples fato de termos de lutar por o que queremos, já torna este querer dinâmico; já lhe dá vida, já lhe dá corpo e as coisas acontecem.

Conclui-se que, querer é mais que o gostar... Ou pelo menos tem um peso diferente.

Talvez haja uma tendência de probabilidades de acontecimento...

Senão, reparem nas seguintes frases que usamos vulgarmente no nosso quotidiano:

"gosto de ti" ou "quero-te";
"gosto de mudar de emprego" ou "quero mudar de emprego";
"gosto de gelado de morango" ou "quero gelado de morango";
"não gosto desta comida" ou "não quero esta comida";
"gosto de estar contigo" ou "quero estar contigo".

Em suma, para conseguirmos as coisas temos que mudar a nossa forma de pensar. Temos de substituir o gostar pelo querer. Até porque conseguir o que se quer é que nos dá mérito. Conseguir o que se gosta, pode dar mérito a outro.

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