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segunda-feira, 9 de outubro de 2006

A pátria dos dementes

Charge eletrônica mostrando a realidade brasileira

Confesso que me sinto desestimulado em escrever sobre política após ver os resultados das urnas nestas eleições.

O que dizer de um povo que devolve ao Congresso políticos como Valdemar Costa Neto e Paulo Rocha, que renunciaram aos seus mandatos a fim de escapar da eminente cassação que sofreriam por causa do esquema do mensalão.

Pior, que palavras usar para explicar as reeleições de figuras como Paulo Maluf, José Sarney, Fernando Collor de Melo, Genoíno e Mentor?

Como entender o pensamento tacanho de um eleitorado que acredita fazer um “protesto” ao votar em bizarrices como Clodovil Hernandez e Frank Aguiar.

Como respeitar a omissão dos eleitores que possuem condições de buscar informações que vão além da alienação causada por estratégias marketeiras e vinhetas televisivas?

Essa classe abastada, irresponsável e alienada se acostumou a ser capacho e materializar toda sua burrice em voto.

Falo deste amontoado de dementes que procura se chamar de “povo brasileiro”. Um povo que aceita escândalos como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se precisasse deles para exercer sua cidadania, reclamando entre um e outro gole de cerveja.

Esse mesmo povo incapaz, que escolhe governantes como quem escolhe vencedores de um reality show. A mesma pátria de dementes que um dia foi às ruas com as caras pintadas de palhaços que são, “exigir” eleições diretas convenientes ao governo, para depois eleger essa seleção de governantes vergonhosa.

Está cada vez mais claro que ao invés de cultura cívica nosso país possui uma cultura cínica.

Que diabos de mato anda fumando esse povo que pensa em reeleger – e reelegeu - essa quadrilha de mensaleiros, sanguessugas, maleiros, cuequeiros e outras espécies daninhas à democracia?

Que milhões de miseráveis que se beneficiam de esmolas estatais, como o bolsa-família, votem em Lula eu até entendo. O que não entendo é ver pessoas bem informadas, intelectuais, funcionários publico e professores universitários votando no Supremo Apedeuta.

Lula e PT associaram-se a práticas indecentes. Onde estão as investigações sobre a morte de Celso Daniel? Onde estão Marcos Valério, Delúbio, Waldomiro e tantos outros mais? De onde saiu o dinheiro que estampa a página de todos os grandes jornais do país na véspera das eleições? O universo petista é prolífico em mentiras, em vender ilusões, em falcatruas.

Geraldo Alckmin passou pelo primeiro turno e Lula teve que engolir sua empáfia. Mesmo assim lula continua com chances de vencer no segundo turno. Que ninguém se iluda. Um país que elegeu um analfabeto pode perfeitamente reelegê-lo.

É o que pode se esperar de um povo que acredita na pirotecnia, nas promessas vagas, em bordões desconexos, emotivos e delirantes, como o da ex-candidata Heloísa Helena.

Diferente da maioria do povo brasileiro, tenho memória. Não esqueci do sr. Waldomiro Diniz extorquindo o bicheiro/bingueiro, o assassinato de Celso Daniel, os escândalos dos Correios, nem do Roberto Jefferson, Marcos Valério, José Dirceu, Delúbio Soares, Silvinho, Marcelo Sereno, Genoíno, João Paulo Cunha, a dançarina da pizza, a quadrilha dos 40 acusados pelo Procurador-Geral da República, o irmão do Genoíno e seu assessor com a cueca cheia de dólares, os milhões dos fundos de pensões, Gushiken, Okamotto, os mensaleiros, o esquecido caseiro Nildo, Palocci com oito indiciamentos na Polícia Federal, quatro por corrupção, e candidatura a deputado federal, PT/SP, registrada com dois CPFs diferentes, fotografados pela imprensa, o lulinha e seus milhões da Telemar.

Nunca, nisso que chamam de país, vi tanta gente que não pensa, não lê, não entende e não lembra.

Neste segundo turno estamos diante de uma direita tão sem vergonha que consegue permanecer no governo depois de tudo que faz, e uma esquerda tão vagabunda que se comporta como direita, e o “povo brasileiro” acha que isso está certo.

Mas enfim, a vida continua. Peço, aos que ainda têm sensatez neste país, que exercitem a análise diante da atual conjuntura política, façam comparações de governos, pesquisem os projetos que este ou aquele candidato apresentou, dê seu voto com consciência.

E, depois de tudo isso, por favor, façam algo mais útil do que simplesmente colocar um nariz de palhaço.