Ora, aqui estão duas palavras que nunca tinha pensado que me levassem a questionar o seu sentido ou significado.
Ontem, estava a ouvir uma coisa qualquer na televisão; ao que alguém disse: “tenho de ir, pois não gosto de chegar atrasado…”, mas o rapaz nunca que se ia embora, e eu pensei; “não gosta, mas continuando aí, vai chegar atrasado! Se não quisesse chegar atrasado, já tinha se posto a andar!”.
É que não gostar é uma coisa; o não querer é outra! Eu também não gosto de chegar atrasado, mas às vezes…
Agora, quando não quero… Chego na hora agendada!
Deitando-me um pouco; meu pensamento foi andando, andando… E conclui mais ou menos isto que vou tentar transmitir:
O gostar é superficial. Sim, superficial. E tão superficial o é, que deixamo-lo andar conforme o vento, ou a corrente.
É um querer que se sujeita a fatores externos. É um querer que não nos obriga a grandes esforços; não nos faz lutar. É quase indiferente…
É um querer sem ação; fica por ali.
O querer é diferente porque depende da nossa ação. Se quisermos alguma coisa, acabamos por lutar por ela.
O simples fato de termos de lutar por o que queremos, já torna este querer dinâmico; já lhe dá vida, já lhe dá corpo e as coisas acontecem.
Conclui-se que, querer é mais que o gostar... Ou pelo menos tem um peso diferente.
Talvez haja uma tendência de probabilidades de acontecimento...
Senão, reparem nas seguintes frases que usamos vulgarmente no nosso quotidiano:
"gosto de ti" ou "quero-te";
"gosto de mudar de emprego" ou "quero mudar de emprego";
"gosto de gelado de morango" ou "quero gelado de morango";
"não gosto desta comida" ou "não quero esta comida";
"gosto de estar contigo" ou "quero estar contigo".
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